Durante anos a impossibilidade de se adquirir um
conhecimento significativo sobre o corpo humano, apenas através de exames
visuais, incitou nos médicos uma premência por novos métodos diagnósticos.
Grandes nomes da medicina como Hipócrates, sempre valorizaram a relação com o
paciente: O toque, o diálogo e, sobretudo, a observação visual.
No entanto, para alguns, isso não era suficiente. Havia um vigoroso anseio pelo conhecimento da sinfonia secreta do corpo humano: Os sons executados pelos movimentos de certos órgãos. Joseph Leopold von Auenbrugg fazia parte deste grupo. Considerado o inventor da técnica médica de exame por percurssão torácica. Auenbrugger, foi um médico austríaco que nasceu no século XVIII, no ano de 1722. Filho de um estalajadeiro, ele aprendeu com o pai a avaliar a quantidade de vinho de uma barrica pela percussão. Quando se formou em medicina, passou a aplicar o procedimento ao exame do doente.
Joseph Auenbrugger estava à frente do seu tempo. Até o século XVIII, os principais meios diagnósticos disponíveis consistiam em ouvir adequadamente a história do paciente, inspecioná-lo, contar a frequência respiratória e o pulso. Ouvir os sons do corpo era um avanço tão revolucionário, quanto extraordinário para época.
Além de Auenbrugger, outro nome a ser lembrado é o de René Théophile Hyacinthe Laennec. Médico francês do século XVIII, que ficou conhecido pela invenção do estetoscópio. Certo dia, durante um exame de uma paciente jovem corpulenta, Laennec não se sentiu à vontade para colocar sua cabeça no busto da mesma. Então, lembrou-se de quando viu algumas crianças brincando perto do Louvre ouvindo as extremidades de uma longa peça de madeira, que transmitiu os sons do pino arranhado. Diante disso, Laennec enrolou um pedaço de papel, amarrando-o com uma corda, e ouviu o coração da paciente com ele.
"Em 1816, eu fui consultado por uma jovem mulher com sintomas de uma doença cardíaca, e nesse caso a percussão, bem como a aplicação da mão, eram de pouca serventia, em virtude do grande grau de adiposidade da paciente. O outro método chamado escuta direta era inadmissível, tendo em vista a idade e o sexo dela. De repente, me lembrei de um simples e bem conhecido fato em acústica, a grande nitidez com que se ouve o arranhar de um pino em uma extremidade de uma peça de madeira ao aplicar o nosso ouvido no outro lado. Então, eu não só solicitei um laminado de papel em uma espécie de cilindro, como também apliquei o final do mesmo na região do coração e a outra extremidade no meu ouvido, e fiquei surpreso e satisfeito ao descobrir que eu podia, assim, perceber a ação do coração de uma maneira muito mais clara e distinta do que se eu alguma vez tivesse sido capaz de fazer isso pela aplicação imediata do meu ouvido." (1819, De l'Auscultation Médiate)
Fascinado por sua descoberta, ele destacou os vários sons que ouviu e, em seguida, correlacionou com os dados anatômicos em suas autópsias. Após aperfeiçoar seu experimento, passou a utilizar um pedaço de madeira sólida para ''escutar'' os sons do coração. Em fevereiro de 1818, ele apresentou suas descobertas em uma palestra na Academie de Medecin, depois publicando suas descobertas em 1819.
Em 1850, George Gramman produziu o percursor do estetoscópio moderno, com duas peças de ouvido e um tubo de borracha flexível substituindo os materiais usados anteriormente. E só então, após vários refinamentos, é que surgiu o estetoscópio utilizado nos dias atuais.
Tais feitos, permitiram então, aos médicos ouvir, mais do que nunca, os sons do coração e do pulmão e a, consequentemente, identificar atividades incomuns com maior exatidão e diagnosticar doenças com maior facilidade. Era, portanto, um grande avanço da medicina. Era o conhecimento da tão secreta e misteriosa “Sinfonia do corpo humano.’’
Taísy Rincon Siqueira.
No entanto, para alguns, isso não era suficiente. Havia um vigoroso anseio pelo conhecimento da sinfonia secreta do corpo humano: Os sons executados pelos movimentos de certos órgãos. Joseph Leopold von Auenbrugg fazia parte deste grupo. Considerado o inventor da técnica médica de exame por percurssão torácica. Auenbrugger, foi um médico austríaco que nasceu no século XVIII, no ano de 1722. Filho de um estalajadeiro, ele aprendeu com o pai a avaliar a quantidade de vinho de uma barrica pela percussão. Quando se formou em medicina, passou a aplicar o procedimento ao exame do doente.
Joseph Auenbrugger estava à frente do seu tempo. Até o século XVIII, os principais meios diagnósticos disponíveis consistiam em ouvir adequadamente a história do paciente, inspecioná-lo, contar a frequência respiratória e o pulso. Ouvir os sons do corpo era um avanço tão revolucionário, quanto extraordinário para época.
Além de Auenbrugger, outro nome a ser lembrado é o de René Théophile Hyacinthe Laennec. Médico francês do século XVIII, que ficou conhecido pela invenção do estetoscópio. Certo dia, durante um exame de uma paciente jovem corpulenta, Laennec não se sentiu à vontade para colocar sua cabeça no busto da mesma. Então, lembrou-se de quando viu algumas crianças brincando perto do Louvre ouvindo as extremidades de uma longa peça de madeira, que transmitiu os sons do pino arranhado. Diante disso, Laennec enrolou um pedaço de papel, amarrando-o com uma corda, e ouviu o coração da paciente com ele.
"Em 1816, eu fui consultado por uma jovem mulher com sintomas de uma doença cardíaca, e nesse caso a percussão, bem como a aplicação da mão, eram de pouca serventia, em virtude do grande grau de adiposidade da paciente. O outro método chamado escuta direta era inadmissível, tendo em vista a idade e o sexo dela. De repente, me lembrei de um simples e bem conhecido fato em acústica, a grande nitidez com que se ouve o arranhar de um pino em uma extremidade de uma peça de madeira ao aplicar o nosso ouvido no outro lado. Então, eu não só solicitei um laminado de papel em uma espécie de cilindro, como também apliquei o final do mesmo na região do coração e a outra extremidade no meu ouvido, e fiquei surpreso e satisfeito ao descobrir que eu podia, assim, perceber a ação do coração de uma maneira muito mais clara e distinta do que se eu alguma vez tivesse sido capaz de fazer isso pela aplicação imediata do meu ouvido." (1819, De l'Auscultation Médiate)
Fascinado por sua descoberta, ele destacou os vários sons que ouviu e, em seguida, correlacionou com os dados anatômicos em suas autópsias. Após aperfeiçoar seu experimento, passou a utilizar um pedaço de madeira sólida para ''escutar'' os sons do coração. Em fevereiro de 1818, ele apresentou suas descobertas em uma palestra na Academie de Medecin, depois publicando suas descobertas em 1819.
Em 1850, George Gramman produziu o percursor do estetoscópio moderno, com duas peças de ouvido e um tubo de borracha flexível substituindo os materiais usados anteriormente. E só então, após vários refinamentos, é que surgiu o estetoscópio utilizado nos dias atuais.
Tais feitos, permitiram então, aos médicos ouvir, mais do que nunca, os sons do coração e do pulmão e a, consequentemente, identificar atividades incomuns com maior exatidão e diagnosticar doenças com maior facilidade. Era, portanto, um grande avanço da medicina. Era o conhecimento da tão secreta e misteriosa “Sinfonia do corpo humano.’’
Taísy Rincon Siqueira.
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